O modelo VUCA foi criado pelo exército americano, ainda na década de 90, para traduzir os cenários nos campos de guerra e, assim, conseguir elaborar estratégias.
Quando esse ambiente de volatilidade (V), incerteza (U, do inglês uncertainty), complexidade (C) e ambiguidade (A) atingiu o universo dos negócios, principalmente durante a crise de 2008, o termo “Mundo VUCA” ganhou projeção.
De lá para cá, nunca deixou de ser atual. Mas o cenário de pandemia evidenciou ainda mais o conceito com a transformação digital acelerada e a necessidade das empresas em buscar soluções ágeis e inovadoras.
Aquele futuro ainda distante está mais próximo do que se imaginava – se é que já não chegou! E quem é o profissional que vai liderar esse futuro cheio de desafios?
Foi esta a temática que Paulo Vicente dos Santos Alves, professor da Fundação Dom Cabral, abordou em palestra realizada recentemente junto da PKT Desenvolvimento Empresarial. Ele contou o que podemos esperar para os próximos anos e como algumas premissas irão transformar os empregos.
Paulo Vicente dos Santos Alves, que além de professor da FDC é doutor em administração, explicou que o futuro do trabalho nesse mundo VUCA implica em avanços tecnológicos e tem desdobramentos sociais, com três principais efeitos.
A re-industrialização dos EUA, que começou durante a crise de 2008 e está prevista para terminar em 2028 (mas com processo acelerado com a Covid-19), tem como foco estratégias para ganho de produtividade com rupturas tecnológicas: nanotecnologia, biotecnologia, medicina avançada, neuroergonomia, Inteligência Artificial, robótica, sensores, guerra da informação, tecnologia espacial, entre outras.
Essas novas tecnologias e a transformação digital como um todo permitem novos mercados, novas indústrias e novos produtos. “Um mar de empregos será criado, só que com qualificação diferente do que temos. Isso leva à robotização da força de trabalho”, afirmou Paulo Vicente.
As tarefas simples, perigosas e repetitivas irão desaparecer, mas iremos precisar do ser humano para lidar com gente, resolver problemas e ter criatividade. Portanto, as profissões que irão perdurar envolvem:
Lidar com gente: marketing, vendas, gestão geral, gestão de projetos e política.
Resolver problemas: estratégia, empreendedorismo, pesquisa e desenvolvimento, engenharia e gestão financeira.
Ter criatividade: arte, esporte, marketing e comunicação.
Com as human enhancement technologies (tecnologia de aperfeiçoamento humano) para o tratamento de doenças, deficiências e para melhorar características e capacidades humanas, o envelhecimento da população será cada vez mais tardio.
O que se prevê é mais nonomecanismos, cura da obesidade, edição genética e quantum dots markers (marcadores de pontos quânticos), terapia regenerativa com células-tronco, bioimpressão, lente de contato biônica, etc. “Há uma linha de raciocínio que fala em extensão da vida para 120 anos. O desdobramento será reforma das aposentadorias, da educação, choque cultural, político e reforma do sistema de RH”, previu o professor da FDC.
A transformação digital e as grandes trilhas da tecnologia – Inteligência Artificial, Internet das Coisas, Processamento e Comunicação – irão mudar a jornada de trabalho. Os nômades digitais são uma tendência cada vez mais forte e está se criando o “novo escritório”, com três componentes:
– Cloud Data Storage (armazenamento de dados em nuvem)
– Rotation Office (dados rotativos)
– Efficient Home Office ou Home Studio (trabalho em casa eficiente)
Com isso, cidades grandes vão esvaziar e cidades médias vão crescer. Haverá uma dispersão geográfica.
Qual é o profissional do futuro e quais são suas competências nesse cenário de extrema automação, extrema longevidade e extrema dispersão?
O profissional do futuro é aquele que atua com propositura de soluções diante desse modelo VUCA, que é uma matriz entre “situação vivenciada” e “efeitos das ações”.
Vamos explicar melhor:
Se volatilidade é quando temos conhecimento do que está acontecendo, mas a taxa de mudança é maior que nossa capacidade de adaptação, a saída para ela é uma proposta de visão de futuro, uma direção.
O profissional do futuro adequado para lidar com essa situação é aquele que monta uma equipe. Ele é visionário, carismático e messiânico. Sabe como a empresa (e o mundo) estará daqui 5 ou 10 anos e envolve seu time para tomar a direção correta.
Se incerteza é quando conhecemos a situação, mas desconhecemos os efeitos dessa ação, a saída para ela é a compreensão. É compreender para reduzir as incertezas.
O profissional adequado para lidar com essa situação é aquele que mantém a mente aberta. Tem carisma, mas, principalmente, tem capacidade de ter calma e controlar a ansiedade – algo que lideranças geralmente não têm por serem executores natos.
Se complexidade é quando conhecemos os efeitos das ações, mas desconhecemos a situação, a saída para ela é a clareza. O profissional adequado para lidar com essa situação é aquele que foca no essencial.
Ele que sabe que algumas “batalhas” têm que ser vencidas e, como não é possível dar conta de tudo, delega. O profissional tem que ser inteligente e também saber montar uma boa equipe para ter confiança na hora de delegar.
Se ambiguidade é quando não conhecemos nada, nem os efeitos das ações e nem a situação, a saída para ela é a agilidade. O profissional adequado para lidar com essa situação é aquele que compreende os envolvidos, ou seja, que sabe escutar as pessoas, muitas vezes sem falar nada. É aquele que sabe lidar com vários atores.
Sendo assim, os executivos geralmente se identificam mais com situações de complexidade e volatilidade e, por isso, precisam desenvolver a incerteza e a ambiguidade.
Pensando nos 3 principais efeitos que vão desencadear no profissional do futuro e na gestão e direção – que estão em todas as esferas – as novas competências exigidas são:
“São essas as 12 competências que eu vejo para o profissional do futuro. Há quem diga que já é realidade hoje, senão pra daqui 5 ou 10 anos. É isso o que os profissionais têm que desenvolver”, concluiu Paulo Vicente.
Parte delas vem por meio de conteúdo, como finanças, marketing, produção, gestão de projetos, estratégia, etc. Mas, a outra parte vai para além disso: é autodesenvolvimento, é a capacidade de analisar, de decidir, de implementar e de trabalhar em equipe.
Para isso, um curso que cubra sistematicamente todas as áreas é de extrema importância, como uma pós-graduação em Gestão de Negócios que trabalhe com competências inspiradoras como a capacidade de resolver problemas complexos, o pensamento crítico e adaptativo, o trabalho colaborativo, a criatividade e as ferramentas sistêmicas.
É isso o que a pós-graduação em Gestão de Negócios tem como premissa. Venha desenvolver as suas habilidades junto da PKT, associada à FDC. Aplique seu conhecimento à realidade de mercado com visão de um futuro que já chegou.
Pense em uma pessoa que você admira como líder e responda: o que é liderança para você? É personalidade? Carisma? Comportamento? Habilidade de lidar com pessoas? Inteligência? Habilidade com negócios? QI?
Independentemente do que você tenha considerado acima, uma coisa é certa: não há uma única resposta correta. Provavelmente muitos dos aspectos citados, somados a competências técnicas e comportamentais, compõem o perfil “ideal” do que se espera de uma liderança.
No entanto, por mais diversa que seja a teoria sobre os papéis e responsabilidades do líder, há um desafio muito latente na rotina destes gestores atualmente. De que forma devem se preparar para não só exercer a liderança e a gestão de suas equipes, como também conduzir processos diante do ambiente de transformações e ruptura digital? Atuando de maneira consciente acerca do impacto do seu estilo comportamental diante dos estilos das pessoas de suas equipes? Com autoconhecimento para tomar as decisões mais acertadas para sua própria carreira e também a carreira das pessoas? E de modo a direcionar melhor seus esforços, compondo equipes cada vez mais autônomas e que apresentem resultados cada vez mais sustentáveis?
Foi pensando neste cenário que a Fundação Dom Cabral (FDC) desenvolveu o Programa de Liderança de Impacto: Conexão e Ação Para Resultados. Com embasamentos de neurociência, psicologia positiva, mindset de crescimento e outras metodologias, o programa convida à exploração de novos caminhos para a gestão de impacto a partir do exercício consciente da liderança.
A ementa foi desenvolvida com foco em gestores que possuem o objetivo de ampliar suas possibilidades de atuação, que são desafiados a buscar resultados cada vez mais elevados e que compreendem que a base de uma liderança eficaz está no autoconhecimento.
Estimular e promover o desenvolvimento de líderes de vanguarda, para que alinhem propósitos pessoais e organizacionais e ampliem a capacidade de explorar o potencial de suas equipes e sustentar resultados de excelência.
Por meio de uma abordagem diferenciada, a formação propõe um desafio aos líderes, para que reflitam sobre a possibilidade de elevar a gestão das pessoas a um novo patamar em termos de potencial humano. Um cenário de bons resultados pode se converter a resultados excelentes quando as lideranças estão mais preparadas para desenvolver equipes. Também fornece apoio por meio de materiais complementares contendo testes, artigos e sugestões de atividades práticas para que os participantes possam replicar em suas equipes possibilitando transformar os conteúdos aprendidos em ações cotidianas.
Outro destaque do programa é a forma como estimula a compreensão sobre facilidades e dificuldades comportamentais das pessoas, viabilizando um entendimento muito mais consistente sobre o perfil de liderança de cada participante. Torne-se já um líder de impacto.
Informações adicionais
Próxima turma: de 20 a 22 de agosto de 2019
Carga horária: 24 horas
Local: Comfort Suites Alphaville, Rua Embiruçu, 300 – Alphaville, Campinas (SP)