Cada vez mais presente no mundo dos negócios, a tecnologia tem sido usada para melhorar o desempenho e resultado das empresas. Como as alterações do ambiente externo exigem a todo tempo mudanças estruturais nas organizações, as inovações acabam sendo primordiais em todos os setores da economia.
A criação de novas ferramentas, portanto, coloca os empresários e gestores frente ao desafio de atender ao mercado. Mas um novo conceito surgiu para auxiliar nesse processo: o Design Thinking.
Essa nova forma de pensar (“thinking”) surgiu na área de design e hoje é procurada por diversos profissionais. De uma maneira geral, usa-se a sensibilidade e os métodos do design para atender as necessidades das pessoas. É uma combinação de uma mudança de mindset com uma nova perspectiva de plano de ação empresarial.
Dentre os benefícios que ele traz para as empresas está a possibilidade de transformar a maneira com que as organizações desenvolvem seus produtos, serviços, processos e estratégias. Além de permitir que sua equipe desenvolva ferramentas e melhores opções para tornar as experiências dos seus usuários mais eficazes.
De uma maneira geral, o Design Thinking é a junção do pensamento corporativo ao pensamento criativo, combinando os desejos e necessidades do público com a possibilidade de realizações tecnológicas.
O conceito pode ser usado para resolver qualquer tipo de problema, mas se adéqua melhor àqueles que ainda não possuem definição clara, atrelados a situações mutáveis e que podem causar grande impacto na vida das pessoas. E aí fica a pergunta: como você pode inserí-lo na sua empresa?
Antes de pensarmos em como tornar a metodologia uma prática no cotidiano da organização, é preciso entender um pouco das etapas desse processo.
Para identificar os problemas, você deve começar a pensar e a se sentir como as pessoas com as quais está tentando ajudar com seu produto ou serviço. É nesta etapa, portanto, que você conhecerá melhor o usuário do seu produto ou serviço. Seja curioso, esteja atento!
Observe o contexto de vida dos seus usuários por meio de entrevistas e imersões em seu cotidiano. Questione principalmente por coisas que acredita já entender, busque temas interessantes que surjam em conversas e jamais julgue.
Praticamente uma ramificação da empatia, a imersão usa algumas ferramentas para exploração do problema, como entrevistas, questionários, observação e análise de dados.
Após o levantamento de todas as informações, que envolve visões variadas acerca da situação, é necessário organizá-las de forma a ajudar na identificação dos pontos comuns e divergentes. Ao final, é feita a síntese de todo o material.
É nesta etapa que tem início a formulação de ideias e hipóteses e surgem alguns questionamentos: o que seu time sabe sobre o problema? O que levaram em consideração que ninguém mais pensou? Como desejam fazer a diferença para quem utilizará sua solução?
A principal ferramenta desta fase é o brainstorming, exatamente com a mentalidade de criar o maior número de opções diversificadas possíveis. Sair do óbvio e buscar soluções em áreas inesperadas e que aparentemente não tenham relação com o problema é um bom caminho. Em seguida, faça um pente-fino nas ideias do brainstorming, mantendo a diversidade para não cair em zona de conforto. E lembre-se de não descartar ideias que parecem impossíveis, mas podem ter aspectos que devem ser valorizados.
Votações em categorias podem ser úteis: a escolha racional, a mais provável de agradar, a que você mais gosta. E escolha uma ideia para protótipos digitais, físicos e experimentais.
Ao desenvolver um modelo de resolução baseado nas ideias propostas na fase anterior, as sugestões de fato começam a tomar forma. A construção de um protótipo permite que você veja como o seu produto será recebido no mercado. E as ideias vão sendo validadas à medida que o projeto evolui.
Os protótipos podem ser paredes de post-it, espaços físicos, objetos e interfaces, como exemplo, mas apenas são bem-sucedidos se as pessoas interagem com eles. Mantenha sempre o usuário em mente e busque atendê-lo. Trata-se, portanto, de um processo constante e de aprendizado contínuo.
Essa é a etapa final, aquela para testar seu protótipo com o consumidor e entender suas principais objeções. Os protótipos permitem falhas a baixo custo e, por isso, essa etapa serve para prevenir erros antes do lançamento do produto.
Agora que você conhece as etapas do Design Thinking, pode compreender melhor como aplicá-lo na sua empresa. E engana-se quem pensa que o conceito é só para gigantes do mercado, com núcleos publicitários de grande estrutura. Essa perspectiva colaborativa, na verdade, tem sido usada por pequenas e médias empresas em meios aos desafios dos seus negócios.
O Design Thinking pode ser aplicado em qualquer setor da organização. Mas é mais utilizado naqueles que lidam diretamente com a criação de produtos ou que se relacionam com os clientes.
Como exemplo, podemos citar três setores. No marketing, o Design Thinking pode ser usado para criação de campanhas, de promoções e ofertas e identificação da persona; no setor de vendas, pode estar em procedimentos de abordagem, identificação das demandas e melhorias nos métodos de persuasão.
E, por último, no setor de desenvolvimento de produtos e serviços, o Design Thinking pode ser aplicado à descoberta de oportunidade de mercado, identificação de melhorias e resolução de problemas.
Para que a organização se mantenha inovadora e atenta aos reais desejos e necessidades dos consumidores, é necessário que os gestores estejam abertos a novos paradigmas e transformações – essenciais para a percepção de oportunidades. Você não quer ficar parado no tempo, não é mesmo?
A recente evolução tecnológica mudou de forma drástica o comportamento do consumidor. Com o advento da internet, ele se tornou ávido pela informação e também um grande influenciador. Afinal, agora avalia os produtos, compartilha experiências de compra, cria conteúdo, promove — ou critica — produtos, ideias e serviços. Basta um clique e uma rede de relacionamentos para que sua opinião seja disseminada.
Outra característica marcante é que ele colocou os índices de compras pela internet no mesmo patamar — às vezes até superior — ao das compras físicas. Não é de se estranhar que tais comportamentos tenham se tornado referência. Além de facilitar a vida das pessoas, as novas ferramentas diminuem custos operacionais. Assim, oferece produtos e serviços mais baratos e até mesmo isenções de tarifas.
Por isso, não adianta querer nadar contra a maré. Com o novo perfil do consumidor consolidado, tornou-se necessário um movimento por parte das empresas, uma vez que manter a postura adotada até então já não é o suficiente para garantir as vendas nem mesmo àquelas já consolidadas.
Um grande aliado nesse processo de recolocação no mercado é o marketing. Infelizmente, diversas empresas ainda têm dificuldade em entende-lo como um investimento estratégico – e não como uma mera despesa. No entanto, neste artigo você vai entender que a criação de um departamento de marketing representa o investimento em uma ferramenta estratégica capaz de desvendar os mistérios do consumidor e contribuir para o desempenho do seu negócio.
Se você pretende ganhar destaque no mercado, além de conhecer muito bem o seu consumidor, é essencial conhecer os seus concorrentes. Quem são eles? O que estão produzindo ou fazendo? Qual é a aceitação do público?
Essas e outras perguntas poderão ser respondidas através do benchmarking. Derivado do inglês “benchmark” — que significa referência —, estamos falando de uma ferramenta de gestão que observa os concorrentes de modo estratégico, identificando suas melhores práticas e fragilidades para o desenvolvimento de diferenciais competitivos.
Utilizada pelo departamento de marketing para desenvolver iniciativas que melhorem a posição da empresa, as informações ajudam também a fornecer insights para outros setores, como o desenvolvimento de produtos. Já os executivos, sabendo o que funciona ou não no mercado, podem tomar melhores decisões na busca por resultados.
Voltando ao consumidor, como já mencionamos, o seu perfil mudou. Mas, você sabe qual é o comportamento do seu cliente hoje? Para responder essa pergunta, não basta conhecer o público-alvo. Em um mercado que trabalha com nichos e segmentação, é preciso saber detalhes para estabelecer uma comunicação mais assertiva e persuasiva.
Assim nasce a “persona”. É um termo que se refere a um perfil fictício criado a partir de informações reais captadas na sua própria empresa e junto dos seus clientes atuais ou recorrentes. Ela remeterá ao cliente ideal, ou seja, aquele para quem você vende ou deseja vender. De maneira estratégica, o departamento de marketing ajudará a identificar essas características e construir a persona do seu negócio.
Tradicionalmente, o papel do marketing era promover produtos e serviços. Mas, a mudança do perfil do consumidor trouxe também para o setor uma grande transformação, baseada na velocidade das informações e geração de dados.
Nomeada de marketing digital, a principal característica dessa nova visão é a possibilidade de mensurar e armazenar dados, que contribuem com o aumento nas conversões, ajudam a identificar oportunidades e riscos, geram interações personalizadas, entre outros.
Qual o horário que o consumidor mais acessa a internet? Quais os assuntos que pesquisa? Onde ele está? Essas são algumas dúvidas que está apto a responder ao aderir às ferramentas digitais. Isso vai colaborar para sua organização contar com um CRM (Customer relationship management, ou gestão de relacionamento com o cliente) completo e estratégico.
Em meio a tanta mudança, é importante ressaltar que o marketing digital não é melhor que o tradicional. Mas sim complementar. Uma equipe de marketing capacitada poderá utilizar estratégias de ambas as vertentes para atingir um público cada vez maior e mais diversificado.
Conhecer mais a fundo a atuação do marketing no desenvolvimento estratégico do negócio despertou seu interesse? Então está na hora de investir. Estruture o seu departamento de marketing com uma equipe qualificada e atualizada. Tenha a certeza de que está fazendo um investimento estratégico para sua empresa.
* Marcus Campos
Você já ouviu falar em cultura Lean? De maneira simplificada, trata-se de uma metodologia que tem por objetivo melhorar a produtividade na empresa por meio de processos simplificados e mais atentos às novas demandas do mercado. Considerando o contexto atual, no qual gestores de pequenas e grandes organizações estão preocupados com os resultados dos negócios, ela tem se mostrado bastante eficiente.
E não poderia ser diferente, afinal, é comum observar, sobretudo em períodos de crise, indicadores que apontam um desempenho baixo e prejuízos com a queda da produtividade, retrabalho, com estoque, superprodução, com a falta de planejamento e a falta de comprometimento e sincronismo entre as diversas áreas. Desse modo, os acionistas ou gestores das empresas que focam em ganhar eficiência estão buscando implantar as ferramentas de Lean ou programas de excelência nas operações em suas companhias.
Por ser uma metodologia que volta os recursos para o resultado positivo da entidade, ela busca focar no bom desempenho rumo ao sucesso no mercado. Com a visão de processo produtivo enxuto, o método visa otimizar as etapas e priorizar de forma que ele aconteça com mais precisão.
A gestão de processos pode acontecer funcionalmente, quando segue a hierarquia funcional da empresa, ou sistemicamente, quando a organização é lógica. De qualquer forma, os benefícios incluem agilidade e melhor uso de recursos humanos, tecnológicos e financeiros. Assim, é possível entender as etapas da produção e trabalhar de forma realista em cada uma delas.
A aplicação do Lean Manufacturing visa uma melhor estruturação dentro da empresa, reorganizando processos e projetando melhorias de total abrangência, não só no meio industrial, mas também nas áreas de apoio e suporte. Ou seja, ela pode ser aplicada a qualquer negócio.
O seu foco é o consumidor final; essa visão é muito reforçada na cultura. Porém, a adoção da metodologia contribui para quem está dentro da empresa também. Baseada em cinco princípios, trabalha a produtividade de forma abrangente.
O primeiro é o valor, carro chefe de qualquer instituição, visto da perspectiva do cliente. Em seguida, há dois fluxos: de valor e contínuo. O fluxo de valor é o responsável por eliminar os desperdícios, ao saber os processos que atribuem valor ao produto ou serviço. O contínuo visa executar esses processos sem interrupções, de maneira ágil. A produção puxada cumpre a demanda sem exageros, entregando aquilo que o cliente solicita. Por fim, a perfeição é o objetivo final, buscando sempre melhoria contínua.
São necessários investimentos em treinamento para colaboradores e fornecedores para a implantação das ferramentas de Lean. Ele traz uma nova filosofia organizacional. Com ela, a produção, o estoque de matéria-prima, os custos e colaboradores estão interligados e visam a melhorias.
Os colaboradores envolvidos no processo produtivo deverão estar comprometidos e voltados às melhorias dos processos. Como? Através de uma nova filosofia, trabalhando e produzindo, objetivando a perfeição, produzindo no tempo certo, reduzindo custos desnecessários, ganhando em produtividade e qualidade.
É preciso também rever antigos conceitos, descartar o desnecessário, otimizar o tempo e prospectar novos clientes e fornecedores. Isso a fim de qualificá-los para obter meios alternativos para atender a exigência que o mercado exige. Para aplicar, é recomendado que a equipe reflita sobre os reais conflitos do processo, visite outras instituições para ver na prática como é gerado um bom resultado, capacite a equipe através de estudos e leitura para estimular o novo comportamento e transmita a toda a empresa a cultura Lean.
O processo de autoconhecimento da empresa com a cultura Lean é significativo, após a gestão de processos. Desde o momento de mapeamento de problemas, descobre-se não só os conflitos, mas suas origens. Assim, trabalha-se abrangentemente o panorama da instituição. As dificuldades são vistas como oportunidades de evolução e aprendizado para a equipe. Ainda que o foco seja o cliente final, toda a edificação acontece com o corpo de colaboradores e isso se perpetua e se enraíza na empresa.
A gestão de processos contribui para a área interna e externa da corporação, quanto à sua imagem. A instituição caminha para ser referência, seja pelo feedback de seus clientes como pelo respeito de suas concorrentes. Assim como na aplicação da cultura, empresas são visitadas para servir de parâmetro da Lean, cada uma que ingressa nessa parcela do mercado se torna exemplo para as iniciantes.
O apoio de um especialista é indispensável para reforçar a metodologia Lean dentro da sua instituição. Conte com a PKT nesse processo e nos deixe contribuir para a boa performance da sua empresa no mercado.
* Marcus Campos, Proprietário da CMP Business Solutions
Há pouco tempo, o termo “administração” era suficiente no que tangia aos negócios nas empresas, instituições de ensino ou saúde. Atualmente, no entanto, uma nova expressão ganhou força: “gestão empresarial”. Mas engana-se quem pensa que as nomenclaturas têm a mesma denotação.
Apesar de ambos fazerem parte do universo corporativo, eles apresentam conceitos distintos. De forma resumida, a administração controla toda a empresa, com tomada de decisões estratégicas; já a gestão empresarial é o conjunto de ações adotadas em busca de melhoria contínua dos resultados de uma organização, é o elo entre o estratégico e o operacional.
A administração, portanto, está mais focada no presente, enquanto a gestão empresarial controla o presente vislumbrando estratégias para o futuro. E nem é preciso refletir para chegar à conclusão de que é necessário profissionalizar a gestão, tornando-a eficiente, para que os processos e projetos da empresa alcancem os objetivos traçados e, mais ainda, melhorem resultados.
Afinal, startups, inteligência artificial, algoritmos analytics, modelos futuristas, inovações tecnológicas e transformação digital apenas garantem resultados exponenciais se estiverem atrelados à uma gestão sólida.
Práticas adotadas em grandes empresas também garantem bons resultados em negócios com gestão familiar, de pequeno e médio porte. Para que a gestão seja efetiva e sustentável, alguns pilares devem estar no topo das prioridades.
A máxima de que o sucesso vem da humildade é válida para as gestões eficazes. Além disso, os resultados buscados pela empresa devem ser explícitos, sendo fundamental a disciplina para alcançá-los.
O líder deve liderar como exemplo, criar senso de urgência, saber elogiar e cobrar resultados, e reuniões frequentes entre os departamentos são as maneiras de discutir e padronizar o que deu certo e sugerir mudanças no que precisa de correções no percurso.
O relacionamento com os clientes e colaboradores jamais deve ser negligenciado. Práticas para fidelização dos clientes devem ser adotadas, bem como a capacitação da equipe e a prospecção para atrair novos talentos. Lembre-se: os lugares-chave da organização devem ser preenchidos pelas pessoas certas.
Para padronização de práticas que funcionaram e correção das que não prosperaram é mais que necessário planejamento, execução e checagem dos resultados. Contar com a ajuda de uma gestão empresarial estratégica auxilia em pelo menos cinco etapas desse processo:
Durante a profissionalização da gestão, o foco deve estar em dois parâmetros: tanto nos processos e sistemas da organização quanto na competência dos líderes e colaboradores. Ao substituir estruturas e sistemas pouco eficientes e reduzir as lacunas de competência, a profissionalização levará a uma série de benefícios.
Para que a instituição cresça, os resultados buscados – em curto, médio e longo prazo – têm que ter definição explícita. As empresas devem se sobressair frente às concorrentes, sejam por produtos ou serviços exclusivos, seja pela credibilidade ou atendimento. Descobrir seu diferencial e investir nele é o caminho.
Para crescer, é necessário investir, mas quando não há verba disponível, é fundamental fazer ajustes entre despesas e receitas. A otimização de processos tem como uma das consequências a diminuição de custos.
Entradas como dinheiro, tempo, insumos e esforços são reduzidos e evita-se desperdícios, prejuízos e despesas, gerando melhorias financeiras à empresa.
Toda empresa que deseja aumentar suas vendas deve se atentar à dinâmica do mercado e suas mudanças constantes. Ações personalizadas para atender a um determinado nicho de pessoas são sempre recomendadas e, para isso, é preciso conhecer os players, concorrentes, ter uma visão macro dos fatores econômicos que podem interferir no seu negócio, acompanhar tendências e inovações.
Como novos talentos têm muito a contribuir com a empresa, é importante atraí-los para o ambiente de trabalho e, mais ainda, oferecer oportunidades e qualificações a fim de retê-los. Manter profissionais de sucesso exige dedicação.
Para garantia de uma gestão sólida e eficaz, os processos não são simples, mas podem ser desenvolvidos em parceria com uma empresa especializada. Comece já a colocar esses passos em prática e garanta mais competitividade para o seu negócio por meio de uma gestão empresarial profissional e estratégica!
É fato que a tecnologia está avançando cada vez mais a passos largos. Quando imaginamos que um equipamento atingiu suas potencialidades máximas, por exemplo, ele surge no próximo ano – até mesmo meses depois – com outro formato e novas ferramentas que antes eram impensáveis.
Se novos aparatos tecnológicos passaram a fazer parte do cotidiano das pessoas em seu âmbito familiar, nas empresas, aquelas que não se inserem nesse contexto acabaram ficando para trás. Isso porque a aquisição de equipamentos, a implementação de sistemas e a transformação digital propiciam que as empresas – inclusive as micro, pequenas e médias – ampliem seus níveis de produtividade, conquistem novos clientes e melhorem seus resultados.
Para a maioria das empresas, felizmente, a tecnologia tem sido aliada há tempos. E sua importância nem é mais motivo de discussão, ainda que sempre seja preciso investir em soluções de tecnologia que reduzam custos de operação e aumentem a produtividade.
Mas como os padrões das empresas mudaram com a chegada de novas ferramentas e das inovações que revolucionam a forma de atuação em determinadas atividades, uma nova preocupação se torna latente: a humanização de sua equipe.
Preocupar-se com as pessoas quando se tem o aparato tecnológico nas mãos parece ir na contramão da tendência mundial, mas é aí que os gestores se enganam. O relacionamento entre os funcionários dentro do ambiente corporativo, tornando-o mais interativo, faz com que as empresas sejam mais humanizadas e as ajuda a atingir melhores resultados.
A felicidade dos trabalhadores foi, inclusive, mote de estudo da Universidade da Califórnia. Os dados apontam que um funcionário feliz é, em média, 31% mais produtivo do que os demais. Além disso, as vendas desses profissionais são 37% mais elevadas e sua criatividade é três vezes maior do que pessoas que não são felizes no trabalho.
Aí fica a pergunta: como deixar os profissionais satisfeitos para atingir a excelência na equipe sem que haja prejuízo para a empresa? A resposta não é objetiva, mas o primeiro passo é uma mudança de atitude por parte das lideranças, que devem entender quais são as prioridades do seu corpo corporativo. Diretoria e equipe devem, sempre, estar em total sintonia.
Essas mudanças no intuito de humanizar a gestão corporativa não preveem apenas lideranças com competência técnica, mas com comportamento diferente e novas formas de enxergar o ambiente de trabalho.
Esses processos geralmente demandam culturas mais abertas à experimentação e à adaptabilidade nos mais diversos contextos. Às vezes é necessário, inclusive, correr riscos ao experimentar novas situações para que haja uma cultura de sucesso.
As lideranças das empresas precisam, por exemplo, delegar mais, dar mais autonomia aos seus funcionários e fazer com que eles se sintam parte dos projetos da empresa.
As mudanças não são fáceis, ainda mais para quem vem do mundo analógico e ainda está se adaptando às novas tecnologias. A dica é sempre entender as demandas da empresa em relação às competências e atributos dos seus funcionários e optar por ações objetivas que ajudem a desenvolver características digitais.
Nos processos de recrutamento, por exemplo, é importante tentar trazer para a empresa pessoas que complementem o time de liderança em atributos que talvez estejam faltando. Atrair novos líderes, antes muitas vezes evitado por receio de competitividade, tornou-se obrigatório nesse novo contexto.
É geralmente nesses processos de recrutamento que são identificados novos talentos que muito têm a contribuir para a empresa. Para atraí-los para seu ambiente de trabalho e, mais ainda, retê-los, é importante apresentar um propósito claro, pois as gerações de hoje estão mais atentas aos projetos de vida que à remuneração em si.
Plano de carreira, programa de desenvolvimento e benefícios são aspectos que sempre devem ser considerados. Mas, ouvir seus colaboradores para criar um clima agradável e interessante dentro do mercado de trabalho deve vir em primeiro plano. Faça desta uma prática na sua empresa. Tecnologia e Gestão podem atuar à favor do seu negócio!
O primeiro contato do Gerente de Contas Especiais na WIKA do Brasil, Hugo Santos, com a Fundação Dom Cabral (FDC);aconteceu em 2017, com Programa de Desenvolvimento de Dirigentes. A experiência, bastante produtiva, fez com que o gestor da multinacional alemã no segmento de instrumentação, medição e controle procurasse por um novo programa de pós-graduação. Desta vez, a escolha se deu pelo curso de Gestão de Negócios. Mas
Seguindo o lema do “uma vez aluno da Dom Cabral, sempre aluno da Dom Cabral”, Hugo conta como a pós-graduação foi um divisor de águas em sua carreira profissional e pessoal ao mudar a forma como pensa e se posiciona em diversos setores de sua vida. Confira a entrevista com nosso aluno!
Minha história com a Fundação Dom Cabral começou no início de 2017, quando estava abrindo uma nova turma do programa de PDD (Programa de Desenvolvimento de Dirigentes) em Sorocaba, cidade onde moro no interior do Estado de São Paulo. Havia a expectativa de que d
ois gestores da WIKA participassem e também fui convidado pela empresa. Foi uma experiência muito interessante e produtiva. O PDD é um programa mais enxuto de 6 módulos como Processos, MKT/Vendas, Pessoas, Finanças, Projetos e Estratégia. Ao final do programa, que em geral tem duração de um ano, já tomei conhecimento que a FDC promoveria para o início de 2018 a terceira turma do programa de pós-graduação em Gestão de Negócios, em Campinas. Logo despertou meu interesse e fui aprovado para compor a turma. Mas
Estava buscando uma extensão para complementar minha formação, e a Especialização da Dom Cabral surgiu como um encaixe perfeito. A expectativa foi amplamente correspondida, com aumento do conhecimento, das técnicas e ferramentas. O aprendizado com exemplos atuais da gestão em diversas áreas do negócio e práticas que estão sendo;utilizadas pelos principais gestores de empresas que hoje são referências mundiais foi algo que o curso trouxe como contribuição. Mas,
Minha evolução profissional foi exponencial. Entretanto, eu diria que, muito mais do que os ganhos como gestor em uma empresa, houve um divisor de águas na minha evolução pessoal, como gestor da minha própria vida. Diferentemente da empresa, essas mudanças poderiam ser implementadas imediatamente, pois dependiam única e exclusivamente de mim. Durante esse período foi possível entender como fazer a melhor gestão do tempo, diferenciar prioridades;de urgências, adquirir novos hábitos como a leitura de livros e temas que trazem conteúdo para o dia a dia, melhorar minha organização e ter visão de problemas por diferentes ângulos para aplicar soluções nunca antes aplicadas. Entender que o pessoal e o profissional não só caminham juntos como fazem parte de uma mesma pessoa e, como tal, precisamos atender os dois lados. mas,
Hoje em dia passamos mais tempo na empresa, e mesmo assim continuamos “sendo a empresa” em casa, mesmo dividindo as atribuições como marido, pai e outras atividades do cotidiano. Mas aprendi que posso passar menos tempo na empresa, porém entregando muito mais em resultado do que antes entregava. A palavra é equilíbrio. Até defendo que, num futuro muito próximo, não vai mais haver horário ou dias úteis para o trabalho. Cada vez mais o profissional estará online em tempo integral, mas será;preciso que parte deste indivíduo também esteja integralmente nas atividades de casa quando elas forem a pauta principal. A tão falada qualidade de vida será perfeitamente compreendida pela empresa, pois seu colaborador vai corresponder muito mais do antes o fazia.
Sem dúvida! O reconhecimento no Ranking do “Financial Times” como a melhor escola de negócios da América Latina, não é por acaso. Todo o processo e as experiências neste período foram fantásticos. Seja pela equipe de apoio da Dom Cabral, tanto do pessoal de Campinas;e Sorocaba, como da sede em Nova Lima, passando pelos meus colegas de turma, profissionais que trazem muita relevância e enchem nossos;encontros com conteúdo. Sem deixar de mencionar o corpo docente, os professores convidados e titulares com currículos acadêmicos e também com muita bagagem atuante no mercado. Mas,
Outro diferencial da FDC são as oportunidades de eventos e palestras;complementares que a entidade nos apresenta, sempre com temas atuais e com visão. Honrando o que eles têm orgulho de dizer, “uma vez aluno da Dom Cabral, sempre aluno da Dom Cabral”.
As duas primeiras revoluções industriais transformaram a vida das pessoas com as produções em massa, as linhas de montagem, a geração e distribuição de energia e os meios de transporte eficientes. Depois, a era da internet uniu – e ainda une – máquinas inteligentes e análise computacional avançada na chamada terceira Revolução Industrial.
Mas, os processos de produção acelerados e ainda mais eficientes, possíveis graças a inovações tecnológicas, colocaram no passado as fábricas criadas na Inglaterra do século XV e até mesmo as que vêm a internet como algo de vanguarda. Vivemos hoje uma nova transição e estamos no início da quarta revolução industrial, a chamada Indústria 4.0.
Os desafios para a economia brasileira ainda são grandes, principalmente para as indústrias, que vêm enfrentando adversidades. Mas, dados apontam que esta é uma oportunidade para o país e, consequentemente, para os empresários por aqui.
Segundo estimativa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a migração da indústria para o conceito 4.0 será de 73 bilhões/ano. A economia envolve redução nos custos de manutenção de máquinas, consumo de energia e ganhos de eficiência.
O conceito Indústria 4.0 é associado à teoria da quarta revolução industrial, com base em como a tecnologia irá aumentar a produtividade e lucratividade de um negócio em um momento de disrupção.
Essa nova fase é impulsionada por um conjunto de tecnologias inovadoras como big data, internet das coisas (IoT), cloud computing, realidade aumentada, impressão 3D, robótica, inteligência artificial, biologia sintética, entre outros.
A quarta revolução industrial, portanto, faz a conexão entre o mundo digital, o mundo físico, que são as “coisas”, e o mundo biológico, que são os seres humanos. E para que esse relacionamento prospere, usa esses conceitos tecnológicos em convergência. Vamos explicar em resumo alguns deles.
Há países com alto potencial para o futuro da indústria e outros que ainda estão distantes da corrida para a quarta revolução industrial, principalmente os que veem a mão-de-obra barata como vantagem competitiva.
O Brasil ainda engatinha com os novos modelos de negócios trazidos pela disrupção tecnológica, mas o país tem potencial para melhorar sua posição nesta nova economia. Isso porque houve um crescimento do PIB de 3% em 2019 e os bens de capital e de consumo duráveis lideram a retomada industrial.
Os empresários precisam enxergar na Indústria 4.0 uma grande oportunidade e criar indústrias para o futuro.
Engana-se quem pensa que apenas grandes empresas se beneficiam com a Indústria 4.0. Independente do porte do seu negócio – pequeno, médio ou grande – as principais inovações tecnológicas referentes à automação, controle e TI trazem inúmeras vantagens aos processos de produção.
Uma delas é o acesso a informações reais e precisas, com a análise de dados feita em grande velocidade. Outra, é que o sistema virtualizado pode prever com mais precisão a necessidade de manutenção nos equipamentos que são utilizados nas empresas e indústrias, o que implica em ganho de tempo, redução de custos e melhores resultados.
Redução de paradas na produção, otimização de custos operacionais, redução no número de operadores e máxima performance dos equipamentos também estão entre os benefícios que as empresas preparadas para essa disrupção tecnológica ganham. E somente as que derem esse grande passo irão se manter lucrativas nos próximos anos.
Quem quiser garantir um espaço nas fábricas do futuro terá que aderir, também, à chamada Gestão 4.0 e desenvolver novas habilidades. Nesse novo conceito – atrelado à Indústria 4.0 – a administração deve atender às exigências competitivas do mercado com automatização do produto, integração de todos os setores do negócio e virtualização dos processos.
As empresas que investirem na inovação proposta pela Indústria 4.0 devem estar abertas às mudanças e ter flexibilidade para se adaptar às novas funções. Afinal, os profissionais não irão exercer apenas uma função específica, mas terão que dominar todo o processo produtivo. Será necessária, portanto, uma aprendizagem multidisciplinar contínua.
Para auxiliar na capacitação profissional e estar à frente das inovações tecnológicas, instituições renomadas oferecem cursos com professores antenados e conhecimento diferenciado que visam atender à necessidade das empresas. Para quem quiser começar a migrar sentido às mudanças necessárias para se adequar a esta nova realidade, vale a pena conhecer esse roteiro de transformação digital.
Pronto(a) para começar?
Transparência na gestão, documentação digital de informações, eliminação de desperdícios e conscientização de colaboradores. Essas são algumas das premissas que empresas que focam na sua sustentabilidade colocam em prática. No nosso post anterior abordamos mais a fundo o conceito de empresa sustentável, bem como qual é, de fato, sua importância para a sociedade onde está inserida. Chegou a hora de avançarmos: veremos agora de que maneira a inovação pode ser aliada da sustentabilidade em uma empresa e como implantar essa nova cultura de maneira mais natural e genuína.
Mais do que um novo modelo de gerir os negócios, unir inovação e sustentabilidade é uma necessidade para a sobrevivência das empresas. Conseguir ser lucrativa e estar em equilíbrio com o meio ambiente e com a sociedade é a principal meta de uma empresa sustentável. E trazer a inovação como aliada neste processo é o mais recomendado, uma vez que é possível reimaginar processos de maneira a torná-los mais inteligentes, otimizados e objetivos.
Portanto, é preciso implantar esse tipo de consciência em todos os níveis da empresa. Desde os parceiros e colaboradores, até os mais altos escalões, uma vez que todos irão se envolver, em maior ou menor grau, com os processos. Trata-se de um mindset comum que precisa ser estabelecido entre todos, para então alcançar esse novo patamar corporativo.
Introduzir a inovação na rotina dos planejamentos, processos e execução significa aplicar novas ideias, sejam elas técnicas, científicas ou uma novidade nunca então trabalhada por ninguém do segmento. É trazer um olhar diferenciado, fora do padrão esperado, mas sempre respaldado pela meta de resultados reais para a empresa. Assim, com criatividade, pesquisa e testes de aplicação, é possível criar novas ideias e fazer delas parte integrante do dia a dia corporativo.
As possibilidades de inovação dentro de uma empresa são infinitas, podem estar relacionadas a novas práticas administrativas, métodos de organização, planejamento e desenvolvimento de novos produtos, entre tantas outras opções. No entanto, é necessário esperar mudanças. E tais mudanças precisam ser planejadas, compartilhadas com todos os players envolvidos no negócio, em especial gestão e colaboradores. Isso porque a inovação pressupõe mudança não apenas de mentalidade ou mindset, como comentamos acima, mas de métodos de trabalho, relacionamento entre times, processos e ferramentas gerenciais ou tecnológicas.
Com foco na produção e comercialização de produtos de beleza e cuidados com a pele, a Natura é uma das melhores em colocar tudo isso em prática. Em 2018, ela superou em mais de 40% a meta de volume de negócios na região amazônica, de R$ 1 bilhão até 2020, com o fortalecimento das parcerias para conservação do meio ambiente e das cadeias da biodiversidade, como parte dos objetivos do Programa Amazônia.
No começo deste ano, foi classificada como a 15ª empresa mais sustentável do mundo e única brasileira do setor a figurar no ranking Global 100, elaborado pela companhia canadense de mídia e pesquisa Corporate Knights. O levantamento foi apresentado durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, e as companhias avaliadas conquistaram os melhores desempenhos entre 7,5 mil companhias analisadas em 21 países de diferentes setores da indústria. A avaliação levou em conta indicadores relacionados à energia, emissões de carbono, consumo de água, resíduos sólidos, capacidade de inovação, salários, segurança do trabalho, percentual de mulheres na gestão, entre outros.
Um dos grandes diferenciais da Natura está relacionado ao fato de que a inovação é um dos pilares de sustentação das suas ações e projetos. E não apenas nas questões voltadas à sustentabilidade, mas também nos processos internos e nas ferramentas tecnológicas utilizadas para otimizar e garantir a qualidade, a segurança e a eficácia dos produtos. Isso sem contar a frequência de lançamentos, que está dentro do escopo do planejamento de inovação.
Para se ter uma ideia da inovação, apenas em 2018, a empresa lançou 233 novos produtos, o que representou ampliação do portfólio e atualização dos produtos. O resultado disso em números? 59,9% da receita bruta total veio da venda de produtos lançados no período que compreendeu os 24 meses anteriores.
É possível manter a empresa lucrativa adotando práticas sustentáveis? A resposta é SIM. Mais do que uma tendência, fomentar práticas nesse sentido é premissa na maneira como organizações têm gerenciado seus negócios e isso tem influenciado não apenas o lucro, mas a sua longevidade e expansão.
Ainda assim, existem muitas dúvidas e tabus sobre como fazer desta uma realidade corporativa. Para construir um real conceito de empresa sustentável, é preciso conhecimento sobre o tema, planejamento que contemple uma articulação e crescimento, eficiência e inovação, focando em resultados que ultrapassam a barreira do econômico; são também sociais e de ações ambientais.
E faz parte da atuação dos atuais gestores entender este conceito e integrá-lo à estratégia e ao dia a dia da corporação. Mas, por onde começar? Como identificar os desafios e oportunidades da sustentabilidade e como traduzi-los na estratégia corporativa?
No post de hoje falaremos sobre o tema, bem como sobre quais são as maneiras de gerir e operar os negócios dentro de sua organização para que ela atinja esse status de empresa sustentável. Confira!
Sustentabilidade empresarial é um conceito que está relacionado ao conjunto de ações que a empresa toma que permitam crescer economicamente (afinal, esse é o objetivo dos negócios) respeitando o meio ambiente e o desenvolvimento da sociedade como um todo. Isso significa que seu planejamento, ações e táticas devem contemplar atitudes éticas, conscientes e que colaborem para um mundo melhor.
Para ser efetivamente sustentável, a organização precisa incorporar internamente ações sociais e ambientais diferenciadas. Não estamos falando em “adotar sua caneca” ou separar adequadamente o lixo do escritório. É preciso ir além, pois atitudes superficiais que visem exclusivamente o marketing, aproveitando a chamada “onda ambiental” são rapidamente percebidas pelos consumidores. Assim, as práticas adotadas precisam ter resultados práticos e significativos.
Algumas práticas
Também é essencial que as lideranças incorporem essas mudanças e sejam agentes dela, para que os demais colaboradores entendam que essa mudança é realmente genuína. Para isso fazer sentido, as ideias e ações planejadas para essa era sustentável precisam trazer uma cultura que esteja adequada aos princípios da empresa. Somente assim será possível facilitar o entendimento, a incorporação e o desenvolvimento da mudança em todos os envolvidos na cadeia.
Um foco em sustentabilidade impacta diretamente na forma como a empresa é percebida por seus colaboradores, na percepção que a sociedade tem dela e, consequentemente, na valorização da imagem e da marca. Pode-se dizer que a sustentabilidade empresarial tem a capacidade de mudar de forma positiva a imagem de uma empresa junto a todos esses públicos. Ainda mais em um cenário como o atual. O crescimento das últimas décadas acabou trazendo consequências negativas ao meio ambiente. Um colaborador quer atuar em uma empresa que tenha valores semelhantes aos seus e uma consciência ambiental promove o crescimento do seu bem-estar e satisfação com a preservação. Já um consumidor quer adquirir produtos e serviços de empresas que têm o propósito semelhante ao seu, de prosperar de maneira sustentável.
Outras razões que levam as empresas a serem sustentáveis:
Além de tudo isso, é preciso estar em constante contato com ideias que envolvam inovação. Apenas assim esse modelo de sustentabilidade será aplicado da maneira correta. E mais do que isso: buscar novas tecnologias, inovação de produtos e tudo mais podem ser sim fonte de receita e atração cada vez maior de clientes. Contudo, é preciso fazer esse processo todo da maneira correta para que, ao contrário, o impacto nas finanças e na própria empresa e sociedade ao seu redor não seja negativo. Como fazer isso? Falaremos melhor sobre o assunto em nosso próximo artigo. Acompanhe!
Nosso último artigo coloca em perspectiva os principais problemas enfrentados na gestão de empresas familiares. Problemas de sucessão, falta de regras bem definidas e dificuldade em administrar conflitos de interesses são alguns desses pontos que merecem destaque. Mas como solucionar tais questões? Batemos um papo com o Professor Jairo Gudis, que já trabalha com famílias empresariais há mais de 25 anos, sendo 10 deles na Fundação Dom Cabral.
Jairo, que também é economista e professor associado da FDC nas áreas de Governança Corporativa, Acordo de Sócios e Herdeiros, Sucessão em Empresas Familiares e Planejamento Estratégico, tem em seu currículo mais de 100 trabalhos desenvolvidos e implementados para as famílias de empresários. Além disso, o professor é co-fundador do Capítulo Sul do IBGC –Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, com sede em São Paulo. Com uma bagagem e conhecimento diferenciados, ele traz insights interessantes sobre o tema. Confira a nossa entrevista a seguir!
Professor: Inicialmente, na minha opinião, a passagem de bastão entre as gerações que se sucedem, no Brasil, possivelmente estaria em um nível mais elevado do que os 70% indicados nas pesquisas. Isto porque o número de empresas centenárias de controle familiar conhecidas é muito pequeno, diante do existente. A principal razão deste fato é que as famílias empresárias não estão focadas no planejamento e desenvolvimento dos herdeiros para o seu papel de acionista/sócio e/ou gestor das empresas. Assim como também é verdadeiro o fato de que a maioria dos fundadores não está preparada para liderar a sua sucessão.
Professor: Desenvolvendo o conjunto das regras de relacionamento nas dimensões da família, do patrimônio pessoal dos seus membros (propriedades) e da gestão das empresas. Isso através da construção de um pacto societário e familiar, entre sócios e herdeiros. O objetivo seria o de estabelecer regras para administrar os conflitos de interesse, agregar valor ao patrimônio das famílias empresárias e assegurar a perpetuidade do legado às futuras gerações.
Devemos considerar que as famílias crescem exponencialmente entre seus membros, não seguindo o rumo dos negócios dos grupos empresariais, que têm a expansão de suas atividades seguindo as tendências de mercado e de seu planejamento estratégico independente dos núcleos familiares entre as gerações que se sucedem.
Conceitualmente, temos a 1ª geração dos fundadores; a 2ª geração, como sendo a sociedade entre irmãos; e a 3ª geração é o consórcio de primos. Considerando o número de membros em cada núcleo familiar das respectivas gerações, teremos o número de partes interessados na construção deste processo de governança corporativa e familiar.
Professor: Em nossas experiências na implementação e construção dos processos de governança, temos desenvolvido estes processos com as famílias empresárias, que visam assegurar a expansão de seus negócios a partir dos pilares do planejamento estratégico, na definição do seu modelo de negócio, assim como no modelo de gestão, através da definição dos níveis de alçada e responsabilidades dos administradores.
Neste sentido, é importante destacar a estruturação dos fóruns de tomada de decisão, em relação às pautas estratégicas e operacionais, assim como o próprio desenvolvimento dos herdeiros, no acompanhamento da implementação deste processo. Neste sentido, poderiam vir a ser criados os Conselho de Família, Conselho de Acionistas/Sócios e Conselho de Administração.
Porém, cabe destacar que as características a serem construídas pelas famílias empresárias têm que ser adequadas ao porte e tamanho de cada negócio e à forma e ao jeito de tomada de decisão praticados.
Professor: As empresas familiares têm uma característica em comum: a dependência do número de membros das futuras gerações. Muitas vezes, o tamanho do negócio e sua estrutura organizacional não permitem que todos possam atuar como gestores do negócio.
Entretanto, todos os herdeiros de uma família empresária nasceram “futuros sócios” e não se escolheram como tal. Um dia, inexoravelmente, estarão sentados juntos, compartilhando o processo de tomada de decisão, pela falta dos pais fundadores, ou então, por um processo de decisão dos pais, os quais poderão doar em vida para seus filhos o seu patrimônio pessoal.
Portanto, é importante desenvolver os herdeiros e capacitá-los para serem gestores ou, na dependência dos projetos pessoais de vida dos herdeiros, estarem sentados juntos como conselheiros, tomando decisões estratégicas e/ou operacionais nos fóruns a serem constituídos pelas famílias empresárias.
Professor: Independente dos seus projetos pessoais de vida, os herdeiros precisarão, um dia, tomar decisões pelo negócio. Isso significa que o seu desenvolvimento na qualidade de acionistas/sócio de um negócio e o seu aprendizado sobre este patrimônio tem que ser orientado e fazer parte do planejamento sucessório. Seja sob o aspecto de gestão, exercendo seu papel na estrutura organizacional do negócio, ou no papel de acionista/sócio.
Professor: O sinal de alerta é quando as famílias empresárias começam a enfrentar situações de conflitos de interesse, principalmente entre as gerações que se sucedem e, neste momento, se dão conta de que não possuem regras de relacionamento e nem comprometimento entre as pessoas, para administrar e equacionar estas divergências. O impacto da falta deste instrumento de regras e procedimentos, que denominamos de Protocolo Familiar, pode conduzir a situações indesejáveis e destruir o valor do negócio. Muitas vezes, apelando para outras esferas, na busca de soluções dos conflitos e prejudicando, sensivelmente, o próprio negócio.
Nas minhas palestras e conferências, costumo dizer que, independente do seu projeto pessoal de vida, o herdeiro um dia tomará decisões estratégicas e/ou operacionais, sentado na cadeira de gestor, executivo ou líder do seu núcleo familiar. Ou então, na cadeira de Conselheiro, juntamente com seus pares familiares (mesmo sendo de outros núcleos familiares, como no caso de primos), tomando decisões como Administradores do negócio, mesmo sem estar participando do dia-a-dia da gestão das empresas.
Assim, o processo de gestão, nas mais diversas áreas, não é um processo simples. No entanto, com direcionamento e capacitação corretos, você pode se tornar um grande líder e conseguir todo o destaque que merece nesta posição.